ANNA APOLINÁRIO
ZARABATANA - 2016
POEMAS
-Con obras de Alfonso Peña (Costa Rica)-
(Logia ancestral /
Alfonso Peña / Técnica mixta / 2019)
Kaluanã
sapiência
do
canto rupestre
olhos
pintados
com o
rastro
da
lira neolítica
terremoto
hiperquânticos
tambores da língua
toda arqueologia
do verso
escavado
em minha pele
mapa
ancestral da palavra
meu
corpo: tocaia-território
grito
urucum
epitáfio
do grande guerreiro
Palimpsesto
o amor
e suas
quelíceras
antianjo
invertebrado
sob a
égide dos vocábulos
aracnídeo
desloca-se
em minhas
artérias
(Canto rupestre / Alfonso Peña / Técnica
mixta / 2019)
Guilhotina
palavra é
arma branca
zarabatana
guelra, arpão
grito e rasgo, voragem
o verso é
sangue
beijando o chão
Breviário
a nebulosa do poeta passa
no precipício do amor
um átomo metamórfico
lacera a íris do universo
eriça
o espinhaço do abismo
búfalo rutilante
estilhaçando a nuvem
arterial
(Bebopper para
Thelonius / Alfonso Peña / Técnica mixta / 2019)
Grimório
o amor cai
dos livros
búzio
sanguinolento
das
páginas despenca,
cabalístico
causticando
olhos,
coiceando
lábios
aranha-oráculo
cavouca a
carne do Impossível
Deserto
cântaro de vertigens
cordilheira de lábios
covil de espáduas
o corpo, afiado papiro
caligrafia volátil
de silêncio e neurotoxinas
eu caço escorpiões na
epiderme
(Um pedaço de rochedo junto ao mar... /
Alfonso Peña / Técnica mixta / 2019)
Lince
amor sulcado de cólera
energia escura das pedras
anjo e víscera
avança, destroça
a língua aguça
o corpo epilético
da selva
caninos celebram
áurea miséria da carne
buquê de carcaças
Talho
salamandras no cio
arranham
as ancas de minha esquizoidia
línguas negras de argila
os hematomas são drusas
ultrametistas
verso violáceo metamorfoseado
na carne de Carmen de Godard
sal, suor, sangue, gritos
agora eu cheiro a feromônio de raflésia
eis o início de um grande amor:
carniça
(Jam para Chano Pozo / Alfonso Peña /
Técnica mixta / 2019)
30
o tempo, labirinto
faz da linguagem, asa
amor, vernáculo
ilícito
que o corpo guarda
Sendas
tocar
as formas do fogo
raptar
o relâmpago
tecer
no verso, a vertigem
amar
a palavra
em tua boca
ANNA APOLINARIO
En:
https://www.divulgaescritor.com
Natural
de João Pessoa, Paraíba. Poeta, pedagoga de la Universidad Federal de la
Paraíba.
Publicó Solfejo de Eros (Poesía, 2010, Cámara Brasileña de Jóvenes
Escritores – Río de Janeiro –RJ).
Tiene poemas publicados en diversas revistas literarias, como: Blecaute, Samizdat, Triplov (Portugal), Germina Litetatura, Mallarmargens, Polichinello, entre outras.
Tiene poemas publicados en diversas revistas literarias, como: Blecaute, Samizdat, Triplov (Portugal), Germina Litetatura, Mallarmargens, Polichinello, entre outras.
Actualmente
trabaja en su segundo libro de poemas, y avanza en sus estudios sobre poesía infantil
y educación.
SOBRE LA EDICIÓN:
Zarabatana, (Editora
Patuá, 2016)
CORES FORTES EM
CONTORNOS VAGOS
(Notas sobre ZARABATANA / Por: Expedito Ferraz Júnior)
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